segunda-feira, 6 de novembro de 2023

CURIOSIDADES - 13

LEWGOY – ASTRO INTERNACIONAL

Um dos grande atores do Brasil, José Lewgoy marcou no teatro, televisão e principalmente no cinema, onde chegou a participar em mais de cem produções nacionais, deixando como marca registrada a interpretação de grandes vilões.

Ainda jovem, cursou artes cênicas nos Estados Unidos, na Universidade Yale. Seu talento o levou também a morar alguns anos na França e fora do Brasil aceitou convites para algumas produções cinematográficas.

Entre setembro de 1965 e fevereiro de 1966, participou de um filme de Tarzan (foto), que teve parte de suas cenas rodadas no Rio de Janeiro, mais precisamente na Barra da Tijuca. O filme era Tarzan e o menino da Selva, tendo Mike Henry dando vida ao “Homem Macaco”.

Lewgoy também participou dos dois primeiros episódios do seriado Tarzan, com Ron Ely: Vida por uma vida e Os olhos do leão. Esses foi episódios fora para a série televisiva.


terça-feira, 10 de outubro de 2023

SERIADOS - 52

DAKTARI

Baseado no filme Clarence, the Cross-Eyed Lion, de 1965, o seriado Daktari foi ao ar entre 1965 e 1969, uma produção da Ivan Tors Films Production em parceria com o MGM Television, sendo apresentado no Brasil pela Globo.

O leão Clarence ganhou notoriedade por ser vesgo e depois do filme, teve participação também no seriado, em que a câmera frequentemente mostrava seus olhos e imagens com efeito dobrado pela simular seu problema de visão.

O animal não podia caçar e por isso ficava aos cuidados do dr. Tracy, transformando-se numa mascote do veterinário que vivia na selva africana, cuidando de animais domésticos e selvagens, o que originava suas aventuras, junto a uma equipe que o acompanhava.

No elenco, Marshall Thompson (dr. Marsh Tracy), Cheryl Miller (Paula Tracy, filha do dr.), Ross Hagen (Bat Jason), Hedley Mattingley (Chefe Distrial), Enn Moran (Jenny Jones), Hari Rhodes (Mike Makula), Yale Summers (Jack Dane) e Ern Moran (Jenny Jones), além de Judy, uma chimpanzé e de Clarence, o leão vesgo.

Curiosidades:

• A série foi gravada no Quênia e em um santuário de animais selvagens em Los Angeles.

• O criador de Daktari, Ivan Tors, era o mesmo que criou outro sucesso: Flipper.

• Daktari, na língua suahili, quer dizer doutor.

• O chimpanzé Judy fazia grande sucesso na época, participando de outros seriados como Família Buscapé e também interpretando a chimpanzé Debbie de Perdidos no Espaço.

• Don Marshall, o Dan Erickson de Terra de Gigantes e Alan Napier, o mordomo Alfred de Batman, participaram de alguns episódios de Daktari.

domingo, 27 de agosto de 2023

BASTIDORES - 5

ENCONTROS

Nos inúmeros seriados dos anos 1960, acabou ficando comum que artistas de uma série acabassem participando de outra em um ou mais episódios.

Um exemplo é de A Feiticeira, que em um único episódio contou com um convidado de Perdidos no Espaço e de Jeannie é um Gênio.

Na temporada 1, episódio 15 – O lado bom da ilusão – Samanta e James vão a um orfanato e pegam o garoto órfão Tommy para passar a noite de Natal.

Garoto-problema, Tommy não acredita em Papai Noel, mas Samanta o leva ao Polo Norte, onde ele e James acabam conhecendo Papai Noel em pessoa.

Tommy muda totalmente seu modo de pensar e agir, passa a ser um bom garoto e acaba sendo adotado por um casal, cujo marido é o senhor Johnson, ninguém menos que Bill Daily, que foi o major Roger Healey de Jeannie é um Gênio. 

Vejam na foto, que o garotinho é Billy Mumy e Bill Daily contracenando com Elizabeth Montgomery e Dick York – Samanta e James Stefens.

Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

CURIOSIDADES - 12

CURIOSIDADES SOBRE JEANNIE É UM GÊNIO

Uma das séries de maior sucesso nos anos 1960 foi, sem dúvida nenhuma Jeannie é um Gênio, levada ao ar originariamentre entre 1965 e 1970, tendo nos principais papeis Barbara Eden, Larry Hagman e Bill Daily.

O Ampulheta Virtual destaca algumas curiosidades sobre o seriado:

• A ideia inicial foi ciar um seriado que pudesse rivalizar com o sucesso de A Feiticeira;

• Já que Elizabeth Montgomery de A Feiticeira era linda e loura, o produtor Siney Sheldon queria para Jeannie uma atriz linda e morena. Porém após muitos testes, a única candidata loura, Barbara Eden, é quem foi aprovada;

• Conforme aconteceu com Elizabeth Montgomery, que engravidou durante as filmagens de A Feiticeira, Barbara também engravidou de seu único filho, Matthew Ansara. Isso foi logo na primeira temporada;

• Aparecendo em alguns episódios como um gênio azul, o marido de Barbara, Michael Ansara (foto), também trabalhou na série. Esse gênio perseguia o Major Nelson. Ansara também apareceu em alguns episódios como um militar, que provocou ciúmes em Nelson.

• A casa onde moravam Jeannie e Major Nelson permaneceu igual por pouco mais de 50 anos;

• Larry Hagman confessou alguns anos após o final da série, que chegou a gravar cenas bêbado e que tinha problemas com drogas:

• Apesar de todo o sucesso da série, Larry passou a detestar seu personagem, pois achava o roteiro muito fraco;

• Bill Daily, o Major Roger Healey, também atuou em seriados como A Feiticeira e Alf – O Eteimoso entre outras, mas sem o mesmo destaque.

terça-feira, 25 de abril de 2023

BASTIDORES - 04

TRÊS SERIADOS E UM ENCONTRO

Os bastidores das gravações dos seriados nos anos 1960 são muito legais. Entre uma gravação e outra, astros se encontravam colocavam a conversa em dia e brincavam descontraidamente.

Em 1965, por exemplo, um encontro colocou Billy Mumi (Will Robinson) e Ângela Cartwright (Penny Robinson) de Perdidos no Espaço com Verônica Cartwright (Jemima Boone) de Daniel Boone, além de Sally Field (Gidget) de Gidget.

Perdidos no Espaço foi a série de maior sucesso das três e dispensa maiores comentários. Já Daniel Boone também fez sucesso e encantou principalmente aos americanos que curtiam as histórias dos desbravadores. Gidget teve uma só temporada e passou quase que desapercebida.

Vale o registro para a semelhança física entre Ângela e sua irmã Verônica. Em 1965, Ângela tinha 13 anos, enquanto Verônica, 16. A caçula acabou fazendo mais sucesso que a irmã mais velha, mas ambas eram muito bonitas e talentosas.

Sally Field em 1965 já tinha 19 anos. Se por um lado Gidget não foi sucesso, ela viria explodir de 1967 a 1970 em A Noviça Voadora, interpretando a carismática Irmã Bertrille.

Já Billy Mumi fez grande sucesso em Perdidos no Espaço e participou de vários seriados como Os Monstros e Jeannie é um Gênio, por exemplo, mas apenas em episódios esporádicos. Roqueiro, fez também sucesso na música depois de adulto.

Na foto que abre essa matéria, em 1965, Billy tinha apenas 11 anos e já era considerado um garoto prodígio em Hollywood.

Dentre os quatro, quem mais fez sucesso foi Sally, que chegou a ganhar dois Oscars, além de ter sido indicado para outros e venceu outros importantes prêmios em Hollywood.


quinta-feira, 23 de março de 2023

EM FAMÍLIA - 18

DOIS ASTROS QUE ERAM PRIMOS

Pouca gente sabe – possivelmente a maioria jamais poderia imaginar – mas dois grandes nomes da MPB foram primos: Cyro Monteiro e Cauby Peixoto. Embora durante suas carreiras não haja qualquer referência sobre o parentesco, nem fotos que os mostrassem juntos.

Cyro tinha como tio – irmão de sua mãe – o violonista Elizário Peixoto (conhecido como Cadete) que era pai de Cauby.

Cyro Monteiro – Nascido no Rio de Janeiro em 28 de maio de 1913, Cyro era filho de um dentista e uma dona de casa (Ildefonso Monteiro e Luiza) e teve oito irmãos, curiosamente todos batizados com nome iniciados com a letra C: Celso, Célia, Careno, Celma, Cícero, César, Cássio e Cenira.

Ainda jovem, Cyro formou dupla com o irmão Careno que, por excesso de timidez, recusou-se em apresentar-se na Rádio Clube do Brasil, do Rio de Janeiro, para cantar ao lado do então já astro Silvio Caldas, deixando Cyro sozinho com a missão.

Silvio gostou de Cyro e não demorou muito o levou para a Rádio Mayrink Veiga. A partir disso, a carreira de Cyro deslanchou. Sua marca registrada era interpretar sambas acompanhando pelo batuque de uma pequena caixa de fósforos. Ficou conhecido pelo apelido de Formigão.

Cyro morreu de cirrose em 13 de julho de 1973, aos 60 anos, no Rio de Janeiro.

Cauby Peixoto – Nascido Cauby Peixoto Barros em Niterói a 10 de fevereiro de 1931, é considerado uma das maiores vozes da música brasileira.

Iniciou carreira no final dos anos 1940, logo destacando-se pelo timbre forte, grave e aveludado. Seu Pai Eliziário, conhecido por Cadete, era cantor, compositor e violonista e sua mãe tocava bandolim. Suas irmãs também foram cantoras, os irmãos, instrumentistas e também foi sobrinho do músico Nonô, pianista que popularizou o samba  naquele instrumento. Cauby foi o caçula de seis irmãos: Aracy, Moacyr, Andyara, Araken e Iracema.

O primeiro disco, um 78rpm foi gravado em 1951, no Rio, e logo foi levado a São Paulo, onde assinou contrato com a Rádio Nacional. O estrelato veio em 1955, com uma versão em português da música Blue Gardênia, de Nat king Cole. Seu maior sucesso e marca registrada foi Conceição, gravada em 1956.

Com o sucesso no rádio, TV e cinema, Cauby atingiu um nível de fama, que era obrigado a fugir de fãs. Não foram poucas as vezes que tinha suas roupas rasgadas pelas moçoilas mais fanáticas.

Foi o primeiro cantor brasileiro a gravar Tom Jobim com a música Foi a Noite, em 1956, além dos clássico Samba do Avião, em 1962.

Com o passar do tempo, Cauby assumiu um estilo espalhafatoso, usando roupas que abusavam de brilhos e paetês.

Cauby, ao lado de Aguinaldo Rayol até hoje são os cantores considerados com a melhor e mais potente voz da música brasileira.

Cauby também cantou e encantou o Brasil ao lado de uma voz feminina incomparável: Ângela Maria, alcançando grande sucesso. 

Por muito tempo Cauby Peixoto, Ângela Maria, Aguinaldo Rayol, Lennie Eversong e Aguinaldo Timóteo foram considerados os donos das mais potentes vozes da música brasileira.

Sua morte ocorreu na noite de 15 de maio de 2016, aos 85 anos, em São Paulo. Estava hospitalizado para tratamento de uma pneumonia.

Foi enterrado no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.

quarta-feira, 22 de março de 2023

CADÊ VOCÊ - 34

ZULU, A “BOLETE” QUE NUNCA RIA

Geralmente uma pessoa para se dar bem na televisão, precisa, no mínimo, saber sorrir. É claro que precisa muito mais que isso. Ter talento, é primordial. Mas um bom e grande sorriso, indiscutivelmente, abre muitas portas.

Então, como fazer sucesso na televisão passando toda a carreira sem esboçar um sorriso sequer?

Essa é a história de Cleusa Maria, mais conhecida como Zulu, a bolete do Clube do Bolinha.

Para os mais jovens, o Clube do Bolinha foi um programa de calouros e variedades comandado por Edson “Bolinha” Cury entre os anos 1960 e 1990 nas TVs Excelsior e Bandeirantes.

Bonita, corpo muito bem definido, Zulu era uma das dançarinas de destaque do Clube do Bolinha, programa que rivalizava em estilo com Cassino do Chacrinha, A Hora da Buzina (Chacrinha) e o Show de Calouros (Raul Gil).

Bolete era como se chamava as dançarinas de palco de Edson Bolinah Cury, no embalo das Chacretes, as dançarinas do Chacrinha e até mesmo das Silvetes, de Silvio Santos.

O fato de nunca sorrir, passou a intrigar os telespectadores e até os próprios convidados do programa. Atento a isso, Bolinha passou a usar o fato como atração do programa.

Chegava ao lado da dançarina e contava piadas, falava gracejos (sempre dentro da ética) e divertia ao público. Zulu, entretanto, mantinha-se séria.

Até um concurso chegou a ser lançado procurando alguém que a fizesse sorrir.

Zulu nasceu Cleusa Maria e era filha de uma lavadeira e um feirante, que sempre, desde pequena sonhava em trabalhar na televisão, quando ganhou a chance de integrar o corpo de dançarinas do Bolinha.

Ela chegou a dizer em uma entrevista que “o Bolinha foi um pai para mim. Graças a ele eu venci na vida”.

Mas se ela era feliz no programa, por que não sorria?

A própria Zulu desvendou o mistério, tempos depois de o programa ter saído do ar e mesmo depois da morte de Edson Bolinha Cury.

“Eu tive uma paralisia facial e desde pequena não podia sorrir. Até hoje não consigo”, disse em 2018.

O que pouca gente sabe é que Cleusa Maria, a famosa Zulu, faleceu em 7 de dezembro de 2022, em Tatuí/SP, vítima de complicações decorrentes de Covid-19. Ela, entretanto, já vinha travando uma luta contra um câncer. Tinha 70 anos.

quinta-feira, 2 de março de 2023

Atores - 23

ROBERT CONRAD

Nascido Conrad Robert Falkowski, em Chicado a 1 de março de 1935 e falecido em Malibu aos 8 de fevereiro de 2020, Robert Conrad foi um radialista e ator de sucesso no cinema e televisão.

Seu sucesso maior foi protagonizando a série James West, entre 1965 e 1969. Mas antes disso, trabalhou em vários ofícios, tendo sido inclusive pugilista.

Seu primeiro filme – uma produção muito simples e de baixo orçamento, foi considerada pelo próprio como medíocre. Mas isso incentivou-o a estudar artes cênicas.

Antes disso, porém, chegou a ser cantor de rock e participou de vários programas de rádio na década de 1950, com o nome de Bob Conrad, cantando também em bares e boates na noite.

Foi quando conheceu o ator Nick Adams, com quem estabeleceu longa amizade e lhe deu as primeiras reais chances como ator, participando em pontas de seriados de TV.

Aos poucos Robert Conrad foi se familiarizando com o veículo e ganhando espaço, devido a sua beleza e seu físico. Seu primeiro seriado de mais destaque foi Hawalian Eye.

O estrelato chegou com The Wild Wild West (James West), ao lado de Ross Martin.

Foi casado duas vezes e teve oito filhos, cinco da união com Joan Kenlay, entre 1952 e 1977 e mais três com LaVeida Ione Fann, 1983 a 2010.

Curiosidade: em 1964 estrelou um filme espanhol onde apareceu ao lado da então famosa atriz Marisol. Neste filme Conrad cantou algumas músicas e dizem - porém não provam - que naquela época, chegou aa vender mais discos que os Beatles na Espanha.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

BASTIDORES - 03

MULHER GATO E JAMES STEFFEN

Nos anos 1960, quando fervilhavam os mais diversos seriados – a maioria de grande sucesso mundial – era comum os artistas de trabalhos diferentes se encontrarem nos bastidores.

A foto (clique na imagem para ampliar) mostra num encontro a lindíssima Julie Newmar (a Mulher-Gato de Batman) e Dick Sargent (o segundo James Stephens de A Feiticeira).

Eles encontraram-se nos bastidores e, amigos de longa data, aproveitaram para colocar a conversa em dia.

Os dois, inclusive, chegaram a trabalhar juntos antes de Batman e A Feiticeira

Em 1963 Julie e Dick atuaram no longa For Love or Money (Por Amor ou Dinheiro), uma comédia romântica estrelada por Kirk Douglas (o filme ficou raro por apresentar Kirk em uma comédia, já que ficou famoso por filmes épicos ou westerns). 

Julie, em 2023 com 89 anos (fará 90 em 13 de agosto) foi uma excelente atriz, que soube explorar muito bem suas belíssimas formas e a Mulher-Gato é um belo exemplo disso.

Mas suas formas e a beleza natural de certa maneira a atrapalharam um pouco e ela teve de lutar para mostrar que era, acima de tudo, uma excelente atriz.

Continua muito linda, mesmo com idade avançada.

Dick tem uma curiosidade: originalmente foi escalado para ser James em A Feiticeira, mas não aceitou por estar envolvido em outro projeto. Então o papel foi assumido por Dick York, que atuou em cinco temporadas.

York, entretanto, tinha sérios problemas de coluna e teve de afastar-se. Foi quando Sargent aceitou o papel e viveu James nas três últimas temporadas.

Era muito amigo de Agnes Moorehead, a Endora, que não tinha bom relacionamento com Dick York, com o qual trocava farpas nos bastidores da série.

Sargent, que era homossexual, faleceu em 1994, aos 64 anos. Atuou também em outras séries na época áurea como O Homem de Seis Milhões de Dólares, Ilha da Fantasia, Daniel Boone, As Panteras e Jeannie é um Gênio.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

ESPORTES RADIO E TV - 09

A IRREVERÊNCIA DE SYLVIO LUIZ

Nascido Sylvio Luiz Perez Machado de Souza em 14 de julho de 1934 na cidade de São Paulo, Sylvio Luiz tem a veia artística desde seu nascimento.

Sua mãe foi Elizabeth Darcy, locutora e apresentadora de rádio de muito sucesso nos anos 1950/1960 e sua esposa Márcia é uma grande cantora (hoje aposentada), que dentre outros sucessos é lembrada por Eu e a Brisa, um sucesso eterno do cancioneiro popular. Verinha Darcy, irmã de Sylvio, também foi atriz.

Sylvio, que já foi árbitro de futebol, encontrou no esporte sua grande vocação, não com o apito na boca, mas sim com um microfone.

Repórter, comentarista e narrador, ele já fez de tudo um pouco, deixando sua marca irreverente e muito bem-humorada em todos os seus trabalhos.

O que pouca gente sabe é que a estreia de Sylvio na TV foi como ator. Ele foi Julinho, filho de Dona Lola na primeira versão da novela Éramos Seis, na Record. Sua segunda – e última – novela foi Cela da Morte, também na Record.

Como jornalista esportivo, trabalhou nas TVs Record, Paulista, Excelsior, Manchete, SBT e Band, passando ainda pelas rádios Bandeirantes e Record.

Mestre em criar bordões em suas transmissões como “olho no lance”, “pelas barbas do profeta”, “foi, foi, foi, foi ele” e “confira comigo no replay” dentre tantos outros, o narrador aos 88 anos segue em atividade, transmitindo jogos do Campeonato Paulista pela internet.  


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

CURIOSIDADES - 11

O MENINO QUE HOJE É UM VETERANO DE RESPEITO

A foto (clique na imagem para ampliar) é de 1958 e mostra cena do teledrama Horas de Desespero, levado ao ar pela TV Paulista que anos mais tarde seria a TV Globo.

Em cena dois artistas que acabaram ficando pouco conhecidos do grande público, mas os dois do centro, são bem conhecidos e lembrados até hoje.

Na extrema esquerda, Helena Samara e na extrema direita Waldir Guedes. Nos primórdios da televisão, ambos vieram do rádio, onde eram nomes de destaque.

No centro da foto, Heloísa Mafalda, que viria brilhar intensamente nas mais diversas novelas globais como Gabriela (Maria Machadão), Roque Santeiro (Dona Pombinha Abelha) e também foi a Dona Nenê na primeira versão de A Grande Família, entre muitos outros grandes trabalhos.

Mas o que chama a atenção é o garotinho em cena. Trata-se de Osmar Prado, então com 11 anos, já fazendo sucesso na TV. Ele viria brilhar na Globo em papéis memoráveis como Tabaco (Roda de Fogo), Sérgio cabeleira (Pedra sobre Pedra), Tião Galinha (Renascer) e o Véio do Rio (Pantanal – segunda versão).

Helena Samara é o nome artístico de Lia Kaine, nascida em Belo Horizonte em 19 de julho de 1933. Foi atriz e dubladora e faleceu em São Paulo, em 08 de novembro de 2007, aos 74 anos.

Valdir Guedes nasceu em São Paulo em 09 de julho de 1936 e faleceu em 01 de julho de 1984, também em São Paulo, próximo de completar 48 anos. Foi radioator, ator e dublador.

Heloísa Mafalda nasceu Mafalda Theotto, na cidade de Jundiaí em 18 de setembro de 1924 e faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de maio de 2018, aos 93 anos. Uma radioatriz e atriz da maior qualidade que, vitimada pelo Mal de Alzheimer, morreu sem ter a mínima ideia da importância que seu nome representou para a teledramaturgia nacional.

Osmar Prado, batizado como Osmar do Amaral Barbosa, nasceu em São Paulo em 18 de agosto de 1947 e está com 75 anos, sendo o único ainda vivo da foto.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

EM 3 TEMPOS - 19

JUNE LOCKHARD

Quando se fala em June Lockhard, a primeira lembrança que nos vem é a de Maureen Robinson em Perdidos no Espaço (1965 a 1968). Mas essa grande atriz tem uma bela e longa carreira.

Neste 2023 ela irá completar nada menos de 98 anos e ainda é uma linda mulher. Nascida em 25 de julho de 1925, ela iniciou sua carreira aos 08 anos.

Antes de fazer sucesso em Perdidos, como a matriarca da família, também foi mãe em Lassie, de 1958 a 1964.

Ela tem duas estrelas na Calçada da Fama de Hollywood, uma por seu trabalho no cinema e outra pela televisão e por Perdidos, ganhou da Nasa a Medalha Excepcional de Realização Pública.

Além de atuar em teatro, cinema e televisão, a atriz é apaixonada por rock and roll, segundo confirmou Billy Mumi, o Will Robinson, que foi seu filho em Perdidos.

Atualmente June curte merecida aposentadoria, mas em 2021, fez a voz do Controle Alfa na série Perdidos no Espaço da Netflix.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

BASTIDORES – 02

DESCONTRAÇÃO NO ESPAÇO

Em um intervalo das gravações do seriado Perdidos no Espaço, Billy Mumy toca violão descontraidamente para a dança de Marta Kristen, sob a observação do Robô, que parece dançar também.

Billy deu vida ao jovem Will Robinson o caçula da família e Marta foi a filha mais velha Judy. Havia também a filha do meio, Penny, interpretada por Angela Cartwright.

Já o Robô, que em vários episódios acabou roubando a cena, era interpretado pelo ator Bob May.

Em 2023, Billy Mumy tem 69 anos e Marta, 77. Já Bob May faleceu em 2009, aos 69 anos. Se vivo, teria hoje 83 anos.

Perdidos no Espaço (Lost in Space) foi um seriado de grande sucesso mundial, criado por Irwn Allen, exibido entre 1968 e 1970, com 84 episódios e distribuído pela 20th Century Fox Television. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

FOTOS HISTÓRICAS - 03

ESTÁDIO PAULO MACHADO DE CARVALHO – PACAEMBU

Inaugurado em 27 de abril de 1940, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o histórico Pacaembu, foi durante mais de 25 anos, o principal estádio da capital paulista.

Idealizada pela Prefeitura de São Paulo em 1936, quando o prefeito era Fábio Prado e o governador paulista era Armando Sales de Oliveira, o Pacaembu foi inaugurado em 1940, sob a administração municipal de Prestes Maia e com Ademar de Barros como interventor federal. A inauguração contou com a presença do Presidente Getúlio Vargas (recebido com sonora vaia).

A estreia, contando com mais de 50 mil presentes, teve desfiles cívicos. No dia seguinte, 28 de abril, o primeiro jogo, com o início do Torneio Taça Cidade de São Paulo, em que participaram o Palestra Itália (atual Palmeiras), Corinthians, Coritiba e Atlético Mineiro, teve a vitória do Palestra sobre o Coritiba, de virada, por 6x2. O primeiro gol foi marcado por Zequinha, do Coritiba, com dois minutos de jogo. O Palestra foi o primeiro clube a sagrar-se campeão.

O Pacaembu abrigou jogos da Copa do Mundo de 1950, acompanhou o auge de Pelé nos anos de ouro do Santos Futebol Clube e passou por várias reformas. Era tido como o estádio mais charmoso de São Paulo.

Foi palco de inúmeras decisões no âmbito paulista, nacional e internacional, com vários torneios e campeonatos como a Libertadores da América.

Há inúmeras fotos que podem ilustrar a grandiosidade e a beleza do Pacaembu. Essa, entretanto, é uma das mais lindas. Uma vista aérea com a Praça Charles Muller, o estádio totalmente lotado e, ao fundo, a antiga concha acústica, que anos após deu lagar ao Tobogã.

Clique na foto para ampliar.

domingo, 5 de fevereiro de 2023

VILÃS E VILÕES - 09

MARIA DE FÁTIMA ACIOLY (GLÓRIA PIRES)

Em 1988 a novela Vale Tudo ganhou o Brasil, tendo como protagonistas Regina Duarte (Raquel Acioli), Antonio Fagundes (Ivan Meireles) e Beatriz Segal (Odete Roitman).

Em meio a tantas feras e outras mais como Renata Sorrah (Heleninha), Nathália Thimberg (Celina), Carlos Alberto Riccelli (César Ribairo) , um destaque muito especial deve ser feito à Glória Pires, que deu vida, magistralmente, a Maria de Fátima Acioli.

Sem escrúpulos e sem medidas para se dar bem na vida, vendeu a casa da própria mãe, aliou-se a um ex-modelo decadente e mau-caráter e ainda acabou com o com o noivado de um ricaço para casar-se com ele, dando o chamado golpe do baú.

A interpretação de Glória Pires foi espetacular e ela, embora jovem, atuou nas mesas condições de veteranos como Regina Duarte, Beatriz Segall e Nathalia Thimberg.

Se Odete Roitman, magistral interpretação de Beatriz Segall é considerada por muitos a maior vilã da história das telenovelas, Maria de Fátima não fica atrás.

Em 1988, quando a novela foi ao ar, Glória Maria Cláudia Pires de Moraes tinha 25 anos e estava chegando precocemente, ao auge de sua brilhante carreira.

Vale Tudo foi um dos maiores sucessos das novelas brasileiras. Escrita por Gilberto Braga, teve a colaboração de Aguinaldo Silva e Leonor Bassères.

O elenco contava com grandes nomes e o encaixe entre elenco/direção foi perfeito.

Mesmo os coadjuvantes estiveram excelentes e a pergunta "quem matou Odete Roitman?" tomou conta do Brasil.

Em meio a tantas feras, Glória Pires conseguiu destacar-se de forma brilhante.