quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Revistas, Jornais e Telejornais - 2

REPÓRTER ESSO

Com os slogans "Testemunha ocular da história" e "O primeiro a dar as últimas", o Repórter Esso (ou O Seu Repórter Esso) foi um radiojornal e posteriormente um telejornal que fez história.

Patrocinado pela empresa americana Standard Oil Company of Brazil, conhecida como Esso do Brasil, o Repórter Esso foi o primeiro do rádio brasileiro a diferenciar-se dos demais noticiosos que limitavam-se a ler notícias publicadas nos jornais.

Boa parte do noticiário do programa chegavam enviados por uma agência internacional de notícias, por teletipos.

No rádio, foi transmitido pelas emissoras Nacional, Record, Globo e Tupi. Na televisão, pela Tupi e Record.

O Repórter Esso foi o radiojornal e telejornal mais importante de sua época e um dos mais importantes da história.

Registrou fatos históricos como o fim da Grande Guerra Mundial e uma infinidades de notícias que mudaram a história do Brasil e do Mundo. Na cobertura da Guerra da Coréia, em 1950, enviou correspondente ao campo de batalha, noticiou com exclusividade o suicídio de Getúlio Vargas e a morte de Carmem Miranda, entre outras notícias de impacto.

Dentre os inúmeros locutores que apresentaram o noticioso no rádio e na TV, destacam-se Heron Domingues, Contijo Teodoro e Luiz Jatobá.

O Repórter Esso estreou na Rádio Nacional do Rio, em 28 de agosto de 1941, mas antes de sua estreia oficial, já havia sido transmitido, em caráter experimental, na Rádio Farropilha, de Porto Alegre.

Na televisão foi ao ar pela primeira vez em 10 de abril de 1952, na Tupi. A última apresentação ocorreu em 31 de dezembro de 1970, transmitido pelas TVs Tupi e Record.

A última transmissão do noticiário, no radio, foi histórica. Em 31 de dezembro de 1968, o locutor Roberto Figueiredo entrou no ar noticiando as festividades do ano novo de 1969. O noticiário correu normal até que o locutor destacou que aquele seria a última edição do Repórter Esso, passando a destacar as grandes matérias e coberturas do informativo durante os 27 anos em que esteve no ar.

Durante a leitura, o locutor foi emocionando-se e sua voz ficando embargada. Fugindo ao próprio controle, o apresentador começou a chorar, sendo substituído pelo locutor reserva Plácido Ribeiro. Ao final, Roberto Figueiredo, já recomposto reassumiu a locução para os últimos destaques, mas acabou encerrando o programa desejando um feliz 1969 anos prantos.

O vídeo abaixo, na verdade é a sonora do último programa no rádio. Simplesmente emocionante !

Nenhum comentário: