FRANCISCO ALVES, O REI DA VOZ
Batizado Francisco de Moreira Alves, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de agosto de 1898 e era filho de pais portugueses. Seu pai era dono de botequim.
A carreira de Francisco Alves começou em 1918, em companhias de teatro e seu primeiro sucesso foi a marchinha carnavalesca Pé de Anjo, de Sinhô.
Devido a potência de sua voz, recebeu o título de Rei da Voz e além de cantor também foi compositor.
Após ser lançado como sambista na noite boêmia carioca, sua voz ecoou por todo o Brasil, caindo também no gosto de ouvintes argentinos, na década de 1930. 
Para muitos “hermanos”, Chico Alves era o melhor intérprete de Carlos Gardel , com o qual dividiu muitas vezes o palco e o microfone nas emissoras de Rádio.
Entre seus principais sucessos, destacamos: Cinco letras que choram (Adeus), Cadeira Vazia, Serra da Boa Esperança, entre muitas outras canções.
Francisco era contratado da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, e lá trabalhou durante dez anos para divulgar a sua música. Tão logo chegou a notícia do falecimento de Chico, a emissora suspendeu a sua programação habitual em sinal de luto. As demais emissoras homenagearam igualmente a sua memória fazendo ouvir os seus discos.
Vítima de um acidente de trânsito na Via Dutra no dia 27 de setembro de 1952, faleceu aos 54 anos de idade, um dos artistas brasileiros mais populares na primeira metade do século XX.
O acidente ocorreu na região de Pindamonhangaba-SP, na divisa com Taubaté-SP. Após uma apresentação em São Paulo, no Largo da Concórdia, Francisco Alves voltava para o Rio de Janeiro quando seu carro se chocou contra um caminhão que entrou em uma curva na contramão, em alta velocidade.
Naquele momento o Rei da Voz calou-se para sempre.
A sonera nos lembra Francisco Alves, o eterno Chico Viola, cantando um dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira: Aquarela do Brasil, em 1939.
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