Cantoras 3

Nara Leão

Nascida Nara Lofego Leão, em Vitória-ES, 19 de janeiro de 1942 e falecida no Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989.

Com apenas um ano foi morar no Rio de Janeiro, onde começou a aprender violão.

Na juventude promovia, em seu apartamento reuniões com nomes emergentes da MPB que viriam a criar o movimento da Bossa Nova, da qual acabou tornando-se musa.

Sua estréia foi no teatro, na peça Pobre Menina Rica (1963), ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra. Passou a ser conhecida e respeitada a partir do espetáculo Opinião, junto à Zé Ketti e João do Valle.

Ainda nos anos 60, Nara deixou de ser a Musa da Bossa Nova, adotando postura mais politizada e passando a cantar músicas de protesto e aderido ao Tropicalismo, mas o auge de sua popularidade deu-se em 1966, quando venceu um Festival da Record, cantando ao lado de Chico Buarque a música A Banda. A foto ao lado é da época.

Casada com Cacá Diegues, morou por três anos em Paris – por força da ditadura militar – onde teve a filha Isabel (mais tarde teria, já no Brasil, o filho Francisco).

Sofria de um tumor cerebral incurável, que não podia ser operado. Nos últimos meses, sofria crises e tinha perdas de memória. Possivelmente deve ter morrido – aos 47 anos – sem saber quem era e o que representou para a Música Popular Brasileira.

Nara imoratalizou-se cantando A Banda no Festival da Record. Mas também foi num festival da Record, que ela deu um show ao lado do saudoso Sidney Miller, cantando A Estrada e o Violeiro. É isso o que conferimos no vídeo. Ela sempre mantinha uma postura que passava a imagem de uma pessoa frágil, tímida, mas isso escondia uma mulher forte e atuante, que lutou contra a ditadura militar. Só não venceu a doença.

Curiosidades

<> Era irmã caçula da jornalista Danuza Leão.
<> Depois de uma ano no Opinião, teve de afastar-se por motivos de saúde e foi substituída pela então desconhecida Maria Bethânia, que cantou, entre outras, a música Carcará, que alavancou sua carreira.
<> Seu par de joelhos fez história...