terça-feira, 13 de novembro de 2007

Grandes Humoristas 3


Manoel de Nóbrega
Na foto, dividindo o banco da Praça da Alegria com o "mendigo" Borges de Barros.

Um dos mais importantes nomes do humorismo brasileiro na fase inicial da televisão, Manoel de Nóbrega (e não da Nóbrega, como a maioria dos sites se referem) nasceu em Niterói em 1913 e antes de vir para São Paulo trabalhou em rádio no Rio de Janeiro como ator e humorista, a partir de 1931. Na década de 40 veio para a capital paulista e também trabalhou em rádio tendo passado pela Cultura, Nacional (hoje Globo), Tupi e Piratininga.

Na TV trabalhou desde o início do veículo. No rádio seu programa mais conhecido foi Cadeira de Barbeiro e na TV, A Praça da Alegria, que criou em 1957 na TV Paulista (hoje Globo), passando posteriormente para a Record, onde o sucesso foi enorme e também na Tupi. Quando fazia esse programa conheceu Silvio Santos, nascendo daí uma grande amizade, quando chegaram até a tornarem-se sócios no Baú da Felicidade.

Pelo banco da Praça, passaram os maiores nomes do humor dos anos 50 e 60, como Simplício, Ronald Golias, Canarinho, Jô Soares, Walter D’Ávila, Borges de Barros, Zilda Cardoso, Consuelo Leandro, Chocolate, Maria Tereza, Costinha entre muitos outros. Foram mais de 200 personagens, a maioria criados pelo próprio Manoel.

Antes de morrer, já doente, foi figura de proa na conquista, por parte de Silvio Santos, da concessão do canal de TV do apresentador, a TV S do Rio de Janeiro (que deu origem ao SBT). Manoel de Nóbrega morreu em 1976. Deixando como herança, o talento e o caráter de seu filho Carlos Alberto de Nóbrega.

O Vídeo mostra cena do programa quando exibido na Tupi, em 1974. A imagem é da Globo e foi apresentada num documentário. Nóbrega contracena com Walter D’Ávila.





Curiosidades

<> Manoel de Nóbrega também atuou como jornalista e político, tendo sido eleito como Deputado Estadual por São Paulo.

<> A idéia da Praça da Alegria nasceu quando Nóbrega estava num hotel em Buenos Aires. Da sacada ele via uma praça por onde passava os mais variados tipos de pessoas.

Quando voltou ao Brasil resolveu criar um programa com uma praça e um banco onde ele mesmo sentava-se na tentativa de ler um jornal ou uma revista, e dividia sua atenção com os mais variados personagens.

Humilde, Nóbrega jamais quis ser a estrela principal do programa – embora fosse, por direito – fazendo questão de ser “escada” para as piadas dos companheiros.

A Praça da Alegria foi um dos humorísticos que permaneceu mais tempo no ar.

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