quarta-feira, 24 de setembro de 2025

ATRIZES - 22

JULIE NEWMAR

Nos anos 1960, Julie Newmar marcou a televisão ao dar vida à primeira Mulher-Gato na série clássica Batman.

Com charme e presença cativante, tornou-se ícone da cultura pop. Sua carreira, no entanto, foi muito mais ampla: bailarina profissional, cantora, modelo, inventora e vencedora do Prêmio Tony, brilhou em musicais da Broadway e no cinema, com destaque para Sete Noivas para Sete Irmãos, além de estrelar a série Minha Boneca Viver.

A vida pessoal da atriz também é marcada por superação. Após três abortos espontaneos, foi mãe aos 48 anos de John Jewl Smith, nascido com síndrome de Down. 

Julie dedicou-se integralmente ao filho, que encontrou na arte um caminho de expressão e chegou a expor suas obras.

Hoje, aos 92 anos, Newmar vive ao lado de John, cercada por memórias e natureza. 

Mais do que a eterna Mulher-Gato, Julie Newmar está deixando um legado de talento, pioneirismo e amor incondicional de mãe.

Uma mãe tão forte quanto a própria personagem que encantou e ainda encanta tantas gerações pelo mundo afora.

Viva a eterna Mulher-Gato, viva Julie Newmar.

CURIOSIDADES

<> Ela criou a roupa de Mulher-Gato do seriado e acabou patenteando os collants. No próprio seriado, ela criou a roupa da Batgirl e de algumas vilãs coadjuvantes.

<> Em 2008, aos 75 anos, descobriu ter a Doença de Charcot-Marie-Toolh, também conhecida como atrofia fibular muscular (APM).

<> Em 2018, aos 85 anos, sofreu – e superou – um infarto.

<> Embora tenha sido a Mulher-Gato mais icônica pelo seriado Batman, no longa quem viveu a vilã foi a não menos linda e talentosa Lee Meriwether.

CADÊ VOCÊ - 33

TIAGO LACERDA E ANA PAULA AROSIO

A Globo está reprisando Terra Nostra em Edição Especial. Uma novela de setembro de 1999 a junho de 2000, escrita por Benedito Ruy Barbosa e equipe e reunindo em seu elenco grandes nomes como Raul Cortez, Antônio Fagundes, Maria Fernanda Cândido, Debora Duarte, Ângela Vieira e tantos outros.

Tratando da imigração itaiana ao Brasil, a novela tinha como protagonistas Tiago Lacerda e Ana Paula Arósio.

O Ampulheta Virtual traz como está a dupla de protagonistas atualmente: 

Thiago Lacerda segue ativo na carreira artística e mantém presença constante nas redes sociais. Recentemente, participou de uma chamada promocional da Globo para a reprise da novela Terra Nostra, ao lado de Ana Paula Arósio.

Já Ana Paula, afastada da televisão desde 2010, leva uma vida reservada com o marido na Inglaterra, onde se dedica à produção rural. Apesar da reclusão, fez aparições pontuais em campanhas publicitárias e voltou a ser destaque em 2025, ao reaparecer simbolicamente em uma ação promocional da Globo com Lacerda.

ATUALIDADES - 36

ATRIZES “NOVENTONAS”

A idade traz maturidade, experiência e – diferente do que muitos pensam – vivacidade.

No Brasil alguns dos mais conceituados nomes femininos da TV, teatro e cinema, já ultrapassaram a casa dos 90 anos e muitos deles não pensam em aposentadoria.
É bem verdade que algumas atrizes já desfrutam do merecido descanso, mas outras seguem atuando e encantando.

Confira os nomes e se você lembrar de mais alguma – ou algumas – deixe nos comentários.

• 99 anos – Berta Loran • 97 anos – Laura Cardoso • 96 anos – Monah Delacy e Nathalia Timberg • 95 anos – Fernanda Montenegro • 92 anos – Rosamaria Murtinho • 90 anos – Gloria Menezes e Iris Bruzzi.

domingo, 7 de setembro de 2025

RADIALISTAS - 5

BARROS DE ALENCAR

Paraibano de Uiraúna, Cristóvão Barros de Alencar além de radialista foi cantor compositor e apresentador de TV.

Nascido em 5 de agosto de 1932 e falecido aos 84 anos em 5 de junho de 2017, em São Paulo, Barros de Alencar antes de chegar a São Paulo tentou a sorte por Recife, Fortaleza e Belo Horizonte.

Finalmente na capital paulista o sucesso sorriu-lhe em suas passagens pelas rádios Cultura, Record, América e principalmente na Tupi, onde viveu seu auge apresentando programas populares.

O sucesso levou-o à televisão onde apresentou o Programa Barros de Alencar na Record nos anos 1980 e posteriormente teve uma breve passagem pela CNT do Rio de Janeiro onde apresentou o programa CD na TV.

Atuou com sucesso também compondo e cantando, mas não o suficiente para chegar ao estrelato. É mais lembrado pelo programa Só Sucessos que comandou na Rádio Tupi de São Paulo, liderando a audiência na década de 1980 onde o quadro As 7 Campeãs apontavam diariamente as melodias mais pedidas pelos ouvintes.

Deixou pelo menos dois bordões que ficaram famosos: “Alô mulheres, segurem-se nas cadeiras”(quando anunciava um galã da música em seu programa de TV) e “Alô marmanjos, não façam besteiras”(quando trazia cantoras bonitas).

Quando trabalhava na Super Rádio em São Paulo, já idoso, teve de afastar-se para uma cirurgia delicada na garganta e acabou sendo obrigado a afastar-se definitivamente dos microfones.

Em 5 de junho de 2017, com problemas cardíacos, faleceu em São Paulo.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

ENCONTROS - 32

A DAMA DA CENTRAL E O REI DA PILANTRAGEM

Aracy de Almeida, maior interprete dos inúmeros sucessos de Noel Rosa divide o palco com o inigualável Wilson Simonal.

Ela, apelidade de "A Dama da Central" fez muito sucesso nos an os 1940/1950 e entre seus maiores sucessos, músicas compostas por Noel.

Ele reinou absoluto nos anos 1960, mas acabou sendo vítima de uma perseguição político/ideológica, que pois fim a sua carreira.

Mas antes disso, em um dos programas Show do Dia 7, nos anos 1960, Aracy e Simona dividiram o palco e deram um verdadeiro show.

Eles cantam três sucessos de Noel e o acompanhamento do Regional do Caçulinha é uma atração à parte!



sexta-feira, 5 de julho de 2024

EM 2 TEMPOS - 1

PROTAGONISTAS DE CIBORG E MULHER BIÔNICA

O seriado Ciborg – O Homem de Seis Milhões de Dólares foi sucesso no mundo inteiro e no Brasil, como não poderia deixar de ser.

O sucesso acabou gerando outro seriado, não mesmo famoso: A Mulher Biônica.

Os três principais nomes do elenco eram Lee Majors, o coronel Steve Austin, Richard Anderson, como Oscar Goldman e Lindsay Wagner, que deu vida à Jaime Sommers.

Hoje Lee Majors tem 85 anos e Lindsay Wagner  está com 75.

Já Richard Anderson faleceu em 2017 com 91 anos de idade.

A foto que ilustra a postagem mostra o trio pouco tempo antes do falecimento de Richard e também no auge do sucesso das séries.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

BASTIDORES - 6


DESCONTRAÇÃO

Os grandes fãs de Perdidos no Espaço sabem de cor o elenco do grande seriado. Mas há um nome que nem todos conhecem ou se lembram, que é Bob May.

Para quem não sabe, Bob May, foi o ator que deu vida ao Robô B9, que de figurante, acabou sendo uma das grandes atrações.

A foto que abre a postagem (clique nas imagens para ampliar) é de um momento de descontração nos bastidores, no qual May anda paramentado, mas não completamente.

Bob May vestiu a casca metálica do robô  em 84 episódios, entre 1965 e 1968. A voz original era de outro ator/dublador, Dick Tufeld.

Apesar de ter participado de vários filmes e series, seu sucesso maior foi exatamente no seriado em que seu rosto não aparecia. Ele brincava dizendo que só foi chamado para ser o robô porque cabia dentro da fantasia.

May, que também era dublê e ator teatral, faleceu em 18 de janeiro de 2009, aos 69 anos.


segunda-feira, 1 de abril de 2024

ATUALIDADES - 35

ELIANA DEIXA O SBT 

Após quase 15 anos de uma feliz e bem-sucedida parceria, a apresentadora Eliana está deixando o SBT. De forma amigável, a apresentadora deverá deixar a rede em junho próximo, diz uma Nota Oficial divulgada pela emissora.        

Eliana decidiu que era o momento de uma nova fase em sua carreira e partirá em busca de novos desafios profissionais. Ela, entretanto, seguirá sendo Madrinha do Teleton, e faz questão de voltar a emissora para apresentar o programa de arrecadação para a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente.

Tanto o SBT quando Eliana expressam de forma legítima gratidão mútua e desejam o melhor para o futuro. A emissora diz em nota que “as portas estarão sempre abertas para ela”.

 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

CURIOSIDADES - 13

LEWGOY – ASTRO INTERNACIONAL

Um dos grande atores do Brasil, José Lewgoy marcou no teatro, televisão e principalmente no cinema, onde chegou a participar em mais de cem produções nacionais, deixando como marca registrada a interpretação de grandes vilões.

Ainda jovem, cursou artes cênicas nos Estados Unidos, na Universidade Yale. Seu talento o levou também a morar alguns anos na França e fora do Brasil aceitou convites para algumas produções cinematográficas.

Entre setembro de 1965 e fevereiro de 1966, participou de um filme de Tarzan (foto), que teve parte de suas cenas rodadas no Rio de Janeiro, mais precisamente na Barra da Tijuca. O filme era Tarzan e o menino da Selva, tendo Mike Henry dando vida ao “Homem Macaco”.

Lewgoy também participou dos dois primeiros episódios do seriado Tarzan, com Ron Ely: Vida por uma vida e Os olhos do leão. Esses foi episódios fora para a série televisiva.


terça-feira, 10 de outubro de 2023

SERIADOS - 52

DAKTARI

Baseado no filme Clarence, the Cross-Eyed Lion, de 1965, o seriado Daktari foi ao ar entre 1965 e 1969, uma produção da Ivan Tors Films Production em parceria com o MGM Television, sendo apresentado no Brasil pela Globo.

O leão Clarence ganhou notoriedade por ser vesgo e depois do filme, teve participação também no seriado, em que a câmera frequentemente mostrava seus olhos e imagens com efeito dobrado pela simular seu problema de visão.

O animal não podia caçar e por isso ficava aos cuidados do dr. Tracy, transformando-se numa mascote do veterinário que vivia na selva africana, cuidando de animais domésticos e selvagens, o que originava suas aventuras, junto a uma equipe que o acompanhava.

No elenco, Marshall Thompson (dr. Marsh Tracy), Cheryl Miller (Paula Tracy, filha do dr.), Ross Hagen (Bat Jason), Hedley Mattingley (Chefe Distrial), Enn Moran (Jenny Jones), Hari Rhodes (Mike Makula), Yale Summers (Jack Dane) e Ern Moran (Jenny Jones), além de Judy, uma chimpanzé e de Clarence, o leão vesgo.

Curiosidades:

• A série foi gravada no Quênia e em um santuário de animais selvagens em Los Angeles.

• O criador de Daktari, Ivan Tors, era o mesmo que criou outro sucesso: Flipper.

• Daktari, na língua suahili, quer dizer doutor.

• O chimpanzé Judy fazia grande sucesso na época, participando de outros seriados como Família Buscapé e também interpretando a chimpanzé Debbie de Perdidos no Espaço.

• Don Marshall, o Dan Erickson de Terra de Gigantes e Alan Napier, o mordomo Alfred de Batman, participaram de alguns episódios de Daktari.

domingo, 27 de agosto de 2023

BASTIDORES - 5

ENCONTROS

Nos inúmeros seriados dos anos 1960, acabou ficando comum que artistas de uma série acabassem participando de outra em um ou mais episódios.

Um exemplo é de A Feiticeira, que em um único episódio contou com um convidado de Perdidos no Espaço e de Jeannie é um Gênio.

Na temporada 1, episódio 15 – O lado bom da ilusão – Samanta e James vão a um orfanato e pegam o garoto órfão Tommy para passar a noite de Natal.

Garoto-problema, Tommy não acredita em Papai Noel, mas Samanta o leva ao Polo Norte, onde ele e James acabam conhecendo Papai Noel em pessoa.

Tommy muda totalmente seu modo de pensar e agir, passa a ser um bom garoto e acaba sendo adotado por um casal, cujo marido é o senhor Johnson, ninguém menos que Bill Daily, que foi o major Roger Healey de Jeannie é um Gênio. 

Vejam na foto, que o garotinho é Billy Mumy e Bill Daily contracenando com Elizabeth Montgomery e Dick York – Samanta e James Stefens.

Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

CURIOSIDADES - 12

CURIOSIDADES SOBRE JEANNIE É UM GÊNIO

Uma das séries de maior sucesso nos anos 1960 foi, sem dúvida nenhuma Jeannie é um Gênio, levada ao ar originariamentre entre 1965 e 1970, tendo nos principais papeis Barbara Eden, Larry Hagman e Bill Daily.

O Ampulheta Virtual destaca algumas curiosidades sobre o seriado:

• A ideia inicial foi ciar um seriado que pudesse rivalizar com o sucesso de A Feiticeira;

• Já que Elizabeth Montgomery de A Feiticeira era linda e loura, o produtor Siney Sheldon queria para Jeannie uma atriz linda e morena. Porém após muitos testes, a única candidata loura, Barbara Eden, é quem foi aprovada;

• Conforme aconteceu com Elizabeth Montgomery, que engravidou durante as filmagens de A Feiticeira, Barbara também engravidou de seu único filho, Matthew Ansara. Isso foi logo na primeira temporada;

• Aparecendo em alguns episódios como um gênio azul, o marido de Barbara, Michael Ansara (foto), também trabalhou na série. Esse gênio perseguia o Major Nelson. Ansara também apareceu em alguns episódios como um militar, que provocou ciúmes em Nelson.

• A casa onde moravam Jeannie e Major Nelson permaneceu igual por pouco mais de 50 anos;

• Larry Hagman confessou alguns anos após o final da série, que chegou a gravar cenas bêbado e que tinha problemas com drogas:

• Apesar de todo o sucesso da série, Larry passou a detestar seu personagem, pois achava o roteiro muito fraco;

• Bill Daily, o Major Roger Healey, também atuou em seriados como A Feiticeira e Alf – O Eteimoso entre outras, mas sem o mesmo destaque.

terça-feira, 25 de abril de 2023

BASTIDORES - 04

TRÊS SERIADOS E UM ENCONTRO

Os bastidores das gravações dos seriados nos anos 1960 são muito legais. Entre uma gravação e outra, astros se encontravam colocavam a conversa em dia e brincavam descontraidamente.

Em 1965, por exemplo, um encontro colocou Billy Mumi (Will Robinson) e Ângela Cartwright (Penny Robinson) de Perdidos no Espaço com Verônica Cartwright (Jemima Boone) de Daniel Boone, além de Sally Field (Gidget) de Gidget.

Perdidos no Espaço foi a série de maior sucesso das três e dispensa maiores comentários. Já Daniel Boone também fez sucesso e encantou principalmente aos americanos que curtiam as histórias dos desbravadores. Gidget teve uma só temporada e passou quase que desapercebida.

Vale o registro para a semelhança física entre Ângela e sua irmã Verônica. Em 1965, Ângela tinha 13 anos, enquanto Verônica, 16. A caçula acabou fazendo mais sucesso que a irmã mais velha, mas ambas eram muito bonitas e talentosas.

Sally Field em 1965 já tinha 19 anos. Se por um lado Gidget não foi sucesso, ela viria explodir de 1967 a 1970 em A Noviça Voadora, interpretando a carismática Irmã Bertrille.

Já Billy Mumi fez grande sucesso em Perdidos no Espaço e participou de vários seriados como Os Monstros e Jeannie é um Gênio, por exemplo, mas apenas em episódios esporádicos. Roqueiro, fez também sucesso na música depois de adulto.

Na foto que abre essa matéria, em 1965, Billy tinha apenas 11 anos e já era considerado um garoto prodígio em Hollywood.

Dentre os quatro, quem mais fez sucesso foi Sally, que chegou a ganhar dois Oscars, além de ter sido indicado para outros e venceu outros importantes prêmios em Hollywood.


quinta-feira, 23 de março de 2023

EM FAMÍLIA - 18

DOIS ASTROS QUE ERAM PRIMOS

Pouca gente sabe – possivelmente a maioria jamais poderia imaginar – mas dois grandes nomes da MPB foram primos: Cyro Monteiro e Cauby Peixoto. Embora durante suas carreiras não haja qualquer referência sobre o parentesco, nem fotos que os mostrassem juntos.

Cyro tinha como tio – irmão de sua mãe – o violonista Elizário Peixoto (conhecido como Cadete) que era pai de Cauby.

Cyro Monteiro – Nascido no Rio de Janeiro em 28 de maio de 1913, Cyro era filho de um dentista e uma dona de casa (Ildefonso Monteiro e Luiza) e teve oito irmãos, curiosamente todos batizados com nome iniciados com a letra C: Celso, Célia, Careno, Celma, Cícero, César, Cássio e Cenira.

Ainda jovem, Cyro formou dupla com o irmão Careno que, por excesso de timidez, recusou-se em apresentar-se na Rádio Clube do Brasil, do Rio de Janeiro, para cantar ao lado do então já astro Silvio Caldas, deixando Cyro sozinho com a missão.

Silvio gostou de Cyro e não demorou muito o levou para a Rádio Mayrink Veiga. A partir disso, a carreira de Cyro deslanchou. Sua marca registrada era interpretar sambas acompanhando pelo batuque de uma pequena caixa de fósforos. Ficou conhecido pelo apelido de Formigão.

Cyro morreu de cirrose em 13 de julho de 1973, aos 60 anos, no Rio de Janeiro.

Cauby Peixoto – Nascido Cauby Peixoto Barros em Niterói a 10 de fevereiro de 1931, é considerado uma das maiores vozes da música brasileira.

Iniciou carreira no final dos anos 1940, logo destacando-se pelo timbre forte, grave e aveludado. Seu Pai Eliziário, conhecido por Cadete, era cantor, compositor e violonista e sua mãe tocava bandolim. Suas irmãs também foram cantoras, os irmãos, instrumentistas e também foi sobrinho do músico Nonô, pianista que popularizou o samba  naquele instrumento. Cauby foi o caçula de seis irmãos: Aracy, Moacyr, Andyara, Araken e Iracema.

O primeiro disco, um 78rpm foi gravado em 1951, no Rio, e logo foi levado a São Paulo, onde assinou contrato com a Rádio Nacional. O estrelato veio em 1955, com uma versão em português da música Blue Gardênia, de Nat king Cole. Seu maior sucesso e marca registrada foi Conceição, gravada em 1956.

Com o sucesso no rádio, TV e cinema, Cauby atingiu um nível de fama, que era obrigado a fugir de fãs. Não foram poucas as vezes que tinha suas roupas rasgadas pelas moçoilas mais fanáticas.

Foi o primeiro cantor brasileiro a gravar Tom Jobim com a música Foi a Noite, em 1956, além dos clássico Samba do Avião, em 1962.

Com o passar do tempo, Cauby assumiu um estilo espalhafatoso, usando roupas que abusavam de brilhos e paetês.

Cauby, ao lado de Aguinaldo Rayol até hoje são os cantores considerados com a melhor e mais potente voz da música brasileira.

Cauby também cantou e encantou o Brasil ao lado de uma voz feminina incomparável: Ângela Maria, alcançando grande sucesso. 

Por muito tempo Cauby Peixoto, Ângela Maria, Aguinaldo Rayol, Lennie Eversong e Aguinaldo Timóteo foram considerados os donos das mais potentes vozes da música brasileira.

Sua morte ocorreu na noite de 15 de maio de 2016, aos 85 anos, em São Paulo. Estava hospitalizado para tratamento de uma pneumonia.

Foi enterrado no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.

quarta-feira, 22 de março de 2023

CADÊ VOCÊ - 34

ZULU, A “BOLETE” QUE NUNCA RIA

Geralmente uma pessoa para se dar bem na televisão, precisa, no mínimo, saber sorrir. É claro que precisa muito mais que isso. Ter talento, é primordial. Mas um bom e grande sorriso, indiscutivelmente, abre muitas portas.

Então, como fazer sucesso na televisão passando toda a carreira sem esboçar um sorriso sequer?

Essa é a história de Cleusa Maria, mais conhecida como Zulu, a bolete do Clube do Bolinha.

Para os mais jovens, o Clube do Bolinha foi um programa de calouros e variedades comandado por Edson “Bolinha” Cury entre os anos 1960 e 1990 nas TVs Excelsior e Bandeirantes.

Bonita, corpo muito bem definido, Zulu era uma das dançarinas de destaque do Clube do Bolinha, programa que rivalizava em estilo com Cassino do Chacrinha, A Hora da Buzina (Chacrinha) e o Show de Calouros (Raul Gil).

Bolete era como se chamava as dançarinas de palco de Edson Bolinah Cury, no embalo das Chacretes, as dançarinas do Chacrinha e até mesmo das Silvetes, de Silvio Santos.

O fato de nunca sorrir, passou a intrigar os telespectadores e até os próprios convidados do programa. Atento a isso, Bolinha passou a usar o fato como atração do programa.

Chegava ao lado da dançarina e contava piadas, falava gracejos (sempre dentro da ética) e divertia ao público. Zulu, entretanto, mantinha-se séria.

Até um concurso chegou a ser lançado procurando alguém que a fizesse sorrir.

Zulu nasceu Cleusa Maria e era filha de uma lavadeira e um feirante, que sempre, desde pequena sonhava em trabalhar na televisão, quando ganhou a chance de integrar o corpo de dançarinas do Bolinha.

Ela chegou a dizer em uma entrevista que “o Bolinha foi um pai para mim. Graças a ele eu venci na vida”.

Mas se ela era feliz no programa, por que não sorria?

A própria Zulu desvendou o mistério, tempos depois de o programa ter saído do ar e mesmo depois da morte de Edson Bolinha Cury.

“Eu tive uma paralisia facial e desde pequena não podia sorrir. Até hoje não consigo”, disse em 2018.

O que pouca gente sabe é que Cleusa Maria, a famosa Zulu, faleceu em 7 de dezembro de 2022, em Tatuí/SP, vítima de complicações decorrentes de Covid-19. Ela, entretanto, já vinha travando uma luta contra um câncer. Tinha 70 anos.