sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Grupos e Conjuntos - 8

TRIO DE OURO

Em 1936 Herivelto Martins e o amigo Nilo Chagas formavam a dupla Preto e Branco quando conheceram Dalva de Oliveira no Cine Pátria, no Rio de Janeiro. Em busca de algo diferente, começaram a ensaiar cantando em trio.

Eles foram ouvidos pelo compositor Príncipe Pretinho que entusiasmou-se e incentivou-os. Nascia então Dalva de Oliveira e dupla Preto e Branco, gravando, em 1937, o primeiro disco com as músicas Itaquari e Ceci e Peri, as duas compostas por Príncipe Pretinho.

O trio acabou contratado pela Rádio Mayrink Veiga e, acompanhados dos Boêmios da Cidade, passaram a apreentar-se no Programa César Ladeira.

Em 1938 foram contratados pela Odeon, passando a assumir o nome de Trio de Ouro e gravando junto com Carmem Miranda. O nome Trio de Ouro foi idéia de César Ladeira.

Em 1939 Herivelto e Dalva casaram-se e no ano seguinte foram contratados pela Rádio Clube do Brasil, chegando ao auge da popularidade e sucesso com músicas como Praça XI e Ave Maria do Morro, entre outras. Em 1942 foram contratados pela Rádio Nacional.

O Trio de Ouro foi desfeito em 1950, quando da separação de Dalva e Herivelto.

Herivelto substituiu Dalva por Noemi Cavalcante e o Trio voltou, durando apenas mais dois anos, quando Noemi e Nilo Chagas resolveram seguir carreira em dupla. Então Herivelto formou o Trio de Ouro novamente com a companhia de Raul Sampaio e Lourdinha Bittencourt, que era esposa de Nelson Gonçalves.

Contratado pela Rádio Nacional o trio regravou Ave Maria no Morro e excursionou pelo Brasil e América Latina.

Nos anos 50 o trio entrou em declínio sendo a música A Felicidade, de Tom e Vinícius, um dos poucos sucessos obtidos. O trio se desfez novamente com a saída de Lourdinha Bittencourt, doente.

Nos anos 70 o Trio de Ouro – tendo como solista Shirley Dom – apresentava-se esporadicamente. A última atuação foi no aniversário de 80 anos de Herivelto Martins.

Além das atuações em rádio e programas de televisão, o Trio de Ouro, em sua melhor fase, atuou em vários filmes.


A sonora é um registro de Dalva de Oliveira ao Museu da Imagem e do Som, em 1970, falando a respeito do fim de sua participação no Trio de Ouro e início de sua carreira solo.

Nenhum comentário: