quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Grandes Animadores - 3


Flávio Cavalcanti

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 1923. Nascia Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti, que tornou-se jornalista, radialista e apresentador de TV. Inteligente e consciente de seu papel, Flávio Cavalcanti não fazia questão de ser simpático, mas gostava de aparecer como polêmico.

Em 1955 estreou o programa Noite de Gala na TV Rio, lançando-se como repórter. Em 1967 iniciou como apresentador na Tupi do Rio com Um instante, Maestro!, onde fazia duras críticas aos cantores da época, principalmente aos iniciantes, e quebrava seus discos no palco.

Por muitos anos comandou o Programa Flávio Cavalcanti em rede nacional pela Tupi, Bandeirantes e SBT. Na Bandeirantes e SBT comandou com sucesso o Boa Noite Brasil. Morreu em São Paulo em 16 de maio de 1986, aos 73 anos.

Curiosidades
<> Seu trejeito de tirar e colocar os óculos repetitivamente virou sua marca registrada.

<> Trabalhava no Banco do Brasil, quando foi tentar a sorte no jornal carioca A Manhã. Incumbiram-lhe de dar plantão no prédio de Getúlio Vargas, que acabara de ser deposto, em 1945. Vestiu-se de garçom e entregou uma falsa encomenda à vizinha do ex-presidente. Em seguida, saltou até o apartamento de Getúlio, conversou horas com ele e voltou para a redação com uma reportagem exclusiva.

<> Apresentando A Grande Chance ficou famoso por revelar artistas. Seu júri tinha pessoas de destaque da época como a irreverente Leila Diniz, Zé Renato, Humberto Reis e a "lacrimosa" Márcia de Windsor que emocionava-se e dava nota 10 até para demonstrações de fratura exposta.

<> Na década de 70, o Programa Flávio Cavalcanti chegou ao auge. O ponto máximo foi ao atingir estratosféricos 72 pontos de audiência. Roberto Carlos, Pelé e Chico Anysio subiram juntos no palco. Detalhe: enquanto o cantor contava piadas, o camisa 10 cantava e o humorista fazia embaixadas.

<> Outra de suas marcas registradas era a maneira de chamar os intervalos. Ele levantava o indicador da mão direita e dizia: “Nossos comerciais, por favor!”.

<> No dia 12 de maio de 1986, o intervalo acabou e ele não estava mais no palco. Levado para o hospital, morreria quatro dias depois.

Nenhum comentário: